Amanhã, dia 17 de junho de 2009, o Supremo Tribunal Federal (STF) irá julgar a obrigatoriedade de se ter o diploma de jornalismo para exercer a profissão.
Os dois lados, contra e a favor, tem bons argumentos. E nem os jornalistas em si formam um consenso. Uma rápida olhada no Observatório da Imprensa é suficiente para vermos o debate cada vez mais quente. Seja lá como for, amanhã teremos uma definição da suprema corte.
Eu, como estudante de jornalismo e futuro dono de um canudo, vejo os dois lados: quem tem diploma é porque passou por uma faculdade. Estudou e vivenciou as nuances da profissão. Desde aulas de ética, antropologia e sociologia, até estágios, provas e trabalhos. É de se pensar que essa pessoa está mais apta a exercer a profissão do que qualquer outra.
Do outro lado, vejo os que não tem o bacharelado de jornalismo, mas são iguais ou melhores dos que tem. Exemplo caseiro: Rafael Grohmann, amigo da universidade e estudante de ciências sociais. Ele é uma das pessoas das quais conheço que mais entende da teoria do jornalismo, e porque não, de sua prática. Fez várias matérias na Faculdade de Comunicação da UFJF e comprovou isso. Outro antigo estudante de ciências sociais, Juca Kfouri, hoje é um dos jornalistas esportivos mais respeitados do Brasil.
Sorte minha não ter que resolver a questão, fica por conta dos nossos ministros, escolhidos para estudar minuciosamente o assunto e escolher por nós. Seja qual for a decisão, uma coisa não muda: mesmo sem a obrigatoriedade do diploma, quem for bom terá sempre seu lugar.
PS: Engraçado que na Faculdade de Comunicação da UFJF, uma das melhores do país, nenhuma discussão esteja sendo levantada. Palestras? Mesas redondas? Panfletos explicativos? NADA. De novo. Sempre foi assim. As coisas acontecendo e a minha faculdade olhando o bonde passar, como se não estivesse dentro dele. É rapaziada, não se fazem mais D.As como antigamente.
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